Justiça afasta 7 vereadores e uma secretária de Elói Mendes por esquema de diárias indevidas

Operação “Ubiquidade” investiga esquema que causou prejuízo superior a R$ 225 mil aos cofres públicos

A Justiça de Elói Mendes (MG) determinou o afastamento de sete vereadores e uma secretária municipal por suspeita de envolvimento em um esquema de diárias indevidas pagas pela Câmara Municipal. A decisão judicial foi tomada após investigações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que apuraram 148 crimes de peculato, caracterizando o desvio de dinheiro público.

A ação faz parte da Operação Ubiquidade, que teve início em fevereiro de 2018. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens nas residências dos parlamentares investigados. O MP identificou que entre 1º de janeiro de 2017 e 31 de outubro de 2018, os vereadores e a secretária receberam diárias que não correspondiam a viagens realizadas ou foram pagas por menos dias do que os efetivamente trabalhados. O valor total do prejuízo ao município ultrapassa R$ 225 mil.

Afastamento de vereadores e secretária

Os vereadores afastados foram:

  • Adriano Pedreira Luciano – PV
  • Douglas Ferreira de Freitas – PSD
  • João Paulo Gambogi – DEM
  • Júlio César Batista – PTB
  • Maria Leia Domingos – PROS
  • Pedro dos Santos Portugal – PDT
  • Silvério Rodrigues Félix – SD

Além de Silvia Mendes Padilha, ex-vereadora e atual secretária de Assistência Social. O afastamento inclui a proibição de assumirem qualquer função pública.

Investigação e prejuízo

Conforme apurado pelo MPMG, os vereadores envolvidos no esquema receberam aproximadamente R$ 615 mil em diárias, dos quais R$ 225 mil foram considerados indevidos. Os recursos foram pagos sem a realização das viagens ou por tempo inferior ao declarado.

Daniel Ribeiro Costa, coordenador da operação, destacou que, apesar da solicitação inicial de prisão de cinco vereadores, a juíza responsável pelo caso decidiu pelo afastamento, entendendo que esta medida seria suficiente para cessar a prática delitiva. A decisão não foi acatada quanto à prisão, mas o afastamento foi considerado necessário.

Sequestro de bens e apreensão

Além do afastamento, a Justiça determinou o sequestro de bens dos envolvidos, incluindo dinheiro, imóveis, veículos e celulares. Os bens apreendidos serão utilizados para ressarcir o prejuízo causado ao erário. O MP também está investigando possíveis envolvimentos de outras pessoas no esquema.

O que dizem os envolvidos

Douglas Ferreira de Freitas, um dos vereadores afastados, afirmou respeitar a decisão judicial e declarou que possui comprovantes de todas as diárias pagas durante o período investigado, que serão apresentados à Justiça para recorrer da decisão.

Maria Leia Domingos e Adriano Pedreira Luciano estavam na Câmara Municipal, mas preferiram não comentar sobre o caso. Os demais investigados não haviam sido localizados para se pronunciar até o momento da publicação.

Apesar do afastamento de parte dos vereadores, a Câmara Municipal de Elói Mendes manteve o funcionamento, realizando sessões às segundas-feiras, às 18h30.

📎 Fonte: G1 SUL DE MINAS/ EPTV / Ministério Público de Minas Gerais / Câmara Municipal de Elói Mendes
🔗 Leia a matéria completa no site do G1


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